que por aí gorjeiam,
também pousam por aqui.
Para o bem de todos e felicidade geral. Confiram.
Universo
É tapete aberto
maior que um deserto
e se mexe pouco,
mas deixa o olho alerta.
Miragem, mosaico,
mapa assimétrico,
morada e masmorra.
Chama-se universo
Wladimir Cazé
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Poeta
cruza de beija-flor
com vampiro
esteta
Laís Chaffe
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Signo
a cadeira
onde sento para
escrever poemas
sequer suspeita
da trama conceitual
que envolve
sua existência
Lau Siqueira
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Outono de 2005
estou a falar de coisas muitas:
sou exigente de aeroplanos e andorinhas
precisada de aprender loopings
para as horas mínimas
de alçar-me disco voador
estou a dizer de coisas absurdas:
um peso de papel impedindo
extravios
âncoras retendo navios
estou a inventar coisas invisíveis:
palavras incineradas pelo outono
folhas soletradas na boca do vento
estou a imaginar uma coisa triste:
poeira sobre o poema de Deus
Celia Maria Maciel
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Maresia
barafundar
é palavra estranha
um barco afundado
algum barato lindo
a baderna feita
na taberna
alguma coisa
talvez mudando
a sombra na parede
da caverna
a doce e terna
luz da fala
alguém
mexendo fundo
o rabisco na carne
do mundo
Mario Pirata
Um comentário:
Obrigada, Zé Antonio!
Fico toda orgulhosa de estar no teu blog.
Abração,
Laís
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