José Antônio Silva
Sagrado? Sim, só para lembrar, ou constar: o rio Jordão é aquele de muitas passagens bíblicas e onde Jesus Cristo teria sido batizado pelo santo João, dito Batista. Hoje, Cristo só poderia molhar suas sandálias por ali – e correndo o risco de arrumar no mínimo uma doença de pele. Em compensação, seria bem mais fácil “andar sobre as águas”.
Ah, você não é cristão e está se lixando para tudo isso? OK, mas o sagrado é maior do que histórias desta ou daquela religião.
Um rio – ou a água – por ser indispensável à vida (não só a humana) no planeta, de certo modo é sempre sagrado. Ou assim devia ser encarado – no que o termo significa de respeitoso.
O fato é que no mundo todo, e em especial nas regiões áridas como o Oriente Médio, a água é um bem precioso e muito cobiçado. Todos a querem. No caso do velho Jordão, 80% das águas que o tornavam caudaloso foram desviadas do curso e represadas em barragens, para diversos fins, por Israel, principalmente, e também pela Síria e Jordânia.
Os estudiosos acham que, nesta batida, até o fim de 2011 o rio terá secado por completo – morrido.
Ao que tudo indica, Jesus Cristo terá de fazer um milagre maior, bem maior, para salvar o Jordão, e todas as águas do mundo, da inesgotável sede de lucros, cobiça e voracidade do seu rebanho.
(*)Trecho da versão brasileira de música gospel americana dos anos 60, recheada de “aleluia, aleluia”!
2 comentários:
Afinal, um rio que deságua no Mar Morto está condenado há tempos.
Aleluia, Irmão!
éééééé, veja a Epopéia de Gilgamesh...
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