Alumiado
José Antônio Silva
Alumiado
variando
entre o primeiro sol
a soberana lua
e o abajur da madrugada
Nasço das entranhas da noite
com o grude dos miasmas
e apalpo o medo
em busca da mão do verbo
(que lá também reside)
E quando escuto
o gutural de minha voz
mais funda
agarro a palavra
que me é estendida
e escalo o paredão do abismo
onde não há a fala
E sei então que hoje
ainda e mais uma vez
irei tomar a estrada do dia
2 comentários:
José, eu também tomo a mão do verbo como corri-mão, assim arrancamos o sono da noite para que o silêncio se aquiete dos medos.
Obrigada por nos ler, nos convidar a conhecer teus versos, gostei bastante, voltarei e se gostares do que lês lá em Vidráguas espraia... e o que não diz para melhorarmos.
Um beijo amigo.
Carmen Silvia Presotto
www.vidraguas.com.br
Obrigado, Carmen. Vou espraiar sim. E o nome do blog é um achado!
grande abraço
Zé Antônio
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