O que você
está lendo – ou relendo? Da minha parte, estou navegando nas 459 páginas de “Uma
breve história da humanidade”, do cientista e autor best-seller Yuval Noah
Harari (L&PM Editores). Nos entrega não apenas erudição e conhecimento em
linguagem simples, acessível e com boas sacadas textuais e metafóricas. O autor
israelense também constrói ligações e conexões inesperadas, na recuperação da
pré-história e da história, resgatando de modo amplo mas sintético o caminho que
nos trouxe até os dilemas atuais.
Ah, sou fã
de quadrinhos (HQs) também, e quase sempre estou curtindo algo no gênero
(geralmente, confesso, longe das historietas de super-heróis). Agora, leio e
observo a riqueza de informações e traços de “Cumbe” (Editora Veneta), do
brasileiro Marcelo D’Salete. Neste livro, ele narra a trajetória fictícia, mas
baseada em documentos reais, de um escravo negro que se revolta e busca a
liberdade, no Brasil Colonial, para além do caso paradigmático de Zumbi dos
Palmares. O livro do paulistano D’Salete foi traduzido e lançado em vários
países europeus e concorreu no Eisner 2018, maior prêmio e salão de quadrinhos
do mundo, em San Diego, Califórnia.
E para
encerrar esta quase resenha, aqui vai “na língua da manhã silêncio e sal”, da
poeta gaúcha e minha amiga Juliana Meira. Desbravadora da linguagem poética, de
sentidos, emoções e conexões inesperadas, elabora uma escritura sem pontos,
vírgulas ou travessões – tudo é totalidade e deriva. Caso sério para a poesia
contemporânea brasileira, e ainda em construção. A edição é da Modelo de Nuvem.