O ídolo
Naquela entrevista ao estilo “tá tudo em casa” que Sergio Moro
concedeu a Globo News, respondendo só a perguntas amigáveis que levantavam a
bola para ele dar as respostas que todo mundo já conhece,e
na qual o repórter amestrado não questionou – só por exemplo – porque as
investigações e denúncias que envolvem o PSDB e seu criatório de tucanos nunca
vão adiante na Lava-Jato (com a resposta padrão “não vem ao caso”),
pode-se
ver, porém, um detalhe significativo na prateleira de livros atrás do magistrado:
ali, junto a outros bonecos, figurava o minibusto de Napoleão
Bonaparte (que, aliás, também era pequeno em carne e osso).
O velho e conquistador Bonaparte é uma das inspirações de Moro.
Muita gente – inclusive boa – também admira o corso.
Napoleão avançou sobre a Europa e, em suas guerras de conquista,
provocou a morte de aproximadamente 3,5 milhões de pessoas, segundo
historiadores;
proibiu casamentos entre pessoas de “raças diferentes”;
revogou a abolição da escravatura nas colônias francesas em sua
época.
E muito mais.
Moro não tem nada com isso. Deve gostar apenas do homem forte
que conquistou tudo o que queria.
Seja do jeito que for.
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